sábado, 22 de agosto de 2020

namoro com uma criança inocente ou um homem machista?

Estamos no final do mês de Agosto. Continuo a trabalhar remotamente. Sinto-me a começar a ficar afectada com todo este isolamento. De verdade.

Estou mentalmente cansada e exausta. Preciso de sair e viver. E há quem não me queira acompanhar porque quer ficar em casa e jogar. Nada contra mas... jogar

Eu não falo e não me queixo durante meses e meses mas quando decido proferir uma opinião ou algo que me incomoda é o desastre. Que ego frágil é preciso ter para não aguentar uma observação... em meses. Eu não posso dizer nada que é logo uma tempestade! "Olha-me esta fêmea a dizer o que sente, lol. Como se eu tivesse interessado em lidar com emoções que não as minhas, ainda por cima da minha namorada, que é fêmea, nem pensar. Que ultraje. Por favor executem uma lobotomia frontal a esta criatura." 


Será que não percebe que o problema aqui é ele? Se quer alguém sem opiniões ou nada a declamar que arranje uma boneca insuflável já que ele não aguenta com o pacote todo que implica ser uma mulher. Spoiler alert: traz opiniões também.

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Reli o que escrevi aqui de há anos atrás. Mesmo sem nomes a serem nomeados percebo perfeitamente a quem se dirigem. Engraçado, não mudei nada.

Continuo com a mesma pessoa. Ela fez coisas muito mais graves e inimagináveis após toda aquela fase atribulada da minha vida. Mas agora é diferente. Agora ela não me tem.
Há umas semanas elogiou-me. Ou pensa que o fez. Desta vez a ignorância não roçou a maldade, foi só a inocência mesmo. E essa não vou destruir, pelo bem dele, mas pelo meu principalmente.
"Tu és diferente das outras namoradas que estão sempre a chatear e passam a vida a mandar mensagens. Passam dias e não trocas mil mensagens" Pus entre aspas mas não foi a forma literal nem uma mera citação, a ideia no entanto transparece.

Há vários anos escrevi sobre o gosto da solidão: "
quando fico íntima de alguém ou apaixonada começo a perder este gosto. É assustador porque sinto que estou a trocar a importância da minha própria companhia pela de outra pessoa."
Eu tenho esta facilidade de não querer saber da tua existência, de não enviar mensagens porque aprendi a estar contigo mas a gostar muito mais de mim. Não sei se isto é um novo tipo de amor que descobri. Mas não gosto. Há ano e meio que é assim e nem parece amor. Pelo menos para mim, mas obviamente não para ti.

Aquela amizade estremecida, estremeceu de vez. Tive pena, mas já não tenho mais. Estou bem mais feliz. Sentia demasiada pressão para estar à altura. Só tenho pena de não ter dado ouvidos aos conselhos amorosos.

Arranjei um part time num retalho conhecido de tecnologia e electrónica, trabalhei lá durante um ano. Conheci pessoas maravilhosas. Ao mesmo tempo fiz o mestrado e acabei. Fazer a tese, o estágio, e acabar duas cadeiras em atraso foram das coisas mais exigentes em esforço que fiz na minha vida. O estágio foi numa conhecida operadora de comunicação tecnológica. Conheci pessoas maravilhosas. Agora estou há ano e meio numa pequena empresa, não conhecida porém, mas onde também conheci pessoas maravilhosas.


Acho que tenho azar ao amor mas sorte ao trabalho.

p.s. 1 mês e 7 dias de quarentena #Covid-19 #trabalharemotamente

domingo, 11 de junho de 2017

Não há nada mais triste e desolador que chegar à conclusão de que a relação em que estamos faz-nos tanto ou mais miseráveis quanto estarmos sozinhas. Porque já tentamos o nosso melhor para que as coisas resultassem e já tentamos que as coisas não chegassem a este ponto... porque quando chegam... temos que ser corajosos o suficiente para reconhecer que estamos melhor sem essa relação do que com ela.

Para mim, ter a coragem de reconhecer isto e virar as costas sem nunca mais ceder ou olhar para trás é das coisas mais corajosas que já tive que fazer. E, sinceramente não queria nada ser corajosa de novo.