terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A vida dá muitas voltas. Ó se não dá. Por ti eu deixei tudo para trás, por ti acreditei que te devia por em primeiro lugar, acima de tudo e mais alguma coisa. Deixei para trás pessoas que, pelas circunstâncias da vida desafiaram-me a te trocar por elas e eu escolhi-te sempre a ti.
Para qualquer lado que eu fosse eu queria estar contigo. Eu não ia aos lugares que realmente queria só para poder estar contigo, eu abdicava da companhia de outrem para estar com a tua.
Eu deixei de dar tanta importância a tudo o que me rodeava para dar atenção única e exclusivamente a ti. Isto tudo porque pensava que valias mais do que qualquer outra pessoa, porque pensava que tu valias mais que o próprio mundo e que em ti haveria algo que ultrapassava em pleno a existência do próprio ser humano.
Achava que nós constituíamos o equilíbrio perfeito do amor, porque nós "falávamos como melhores amigos, brincávamos como crianças, discutíamos como se fossemos casados, e protegíamo-nos como se fossemos irmãos". Achava eu.
A traição, principalmente quando é da última pessoa que imaginaríamos, custa muito mais. Eras uma parte mim, uma parte do meu crescimento, uma parte da minha vida, uma parte da minha história. Cinco anos é muito tempo. E eu tenho pena de teres estado tão desesperado em fechar esse capítulo. És triste e sinceramente, tenho pena de ti. Mas agora, já não contes mais comigo porque quem estava aqui para te ouvir, para planear coisas contigo, para te apoiar e estar do teu lado já não está mais.
Aprendi que tenho que ter amor-próprio. Algo que o meu orgulho intensificou e me ensinou. 
Na verdade custa mais do que parece, mas tem que ser. A minha vida continua mesmo que agora seja separada da tua. Cada vez tenho mais a certeza que acabou porque tu, mesmo no fim disto tudo continuas a desiludir-me. Simplesmente não quero mais saber do teu paradeiro. 

1 comentário:

  1. É bom quando queremos estar com aquela pessoa, quando sentimos que podemos largar tudo só para estarmos ao seu lado. Mas não nos devemos esquecer de quem somos e de quem sempre nos acompanhou. Há espaço para tudo, é uma questão de organizar o tempo. Quando as pessoas realmente caminham ao nosso lado não nos obrigam a escolher «entre elas ou ele», porque compreendem que precisamos do nosso espaço.
    A traição dói, ainda mais quando é mesmo da última pessoa que estamos à espera. Custa aceitar, custa acreditar que é verdade, até porque tínhamos uma ideia completamente diferente daquela pessoa. Quando ela nos prova ser o contrário do que estávamos à espera parece que nos arrancam o chão.
    Magoa, mas também percebemos isso mesmo: que temos de ter amor-próprio. Que temos que lutar por nós, para o nosso bem. E um dia conseguimos seguir em frente, de feridas saradas e prontos para continuar.

    Força!
    Beijinhos*

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